Inverno de 2022

Amanhã às 6 horas e 14 minutos começará o inverno astronômico com o solstício de inverno de 2022. O dia será mais curto e a noite mais longa. Essa é uma característica dessa estação, e assim será nos próximos dias, com amanhecer tardio e anoitecer mais cedo. Esse inverno estará sob a influência da La Niña com intensidade fraca. A La Niña atua desde julho de 2021 (figura 1), e se manterá no mínimo até novembro (figura 2). A La Niña tem como características gerais para a região sul temperaturas mais amenas, ou seja, o inverno mais frio, um verão mais fresco. Também influencia o regime de chuvas, trazendo irregularidade na precipitação, tanto no espaço, como no tempo. Assim pode chover bem numa região, e noutra não. Estiagem, e logo após, chuvas concentradas. Lembrando que a intensidade está fraca, e assim atenua essas características, como também outros fatores regionais e locais que influenciam.

Figura 1: Previsão para anomalias no El Niño. Fonte: NCEP/NOAA – Center for Weather and Climate Prediction – National Weather Service – EUA.

Figura 2: Modelo de probabilidade de El Niño – IRI ENSO. Fonte: International Research Institute for Climate and Society – Earth Institute – Columbia University – EUA.

Não há um consenso entre os modelos internacionais e nacionais, mas algumas proximidades nos prognósticos. Quanto a precipitação para o trimestre de julho, agosto e setembro indicam chuva abaixo da média histórica. Alguns modelos colocam 50% de chance de chuva abaixo da média para julho, 40% para agosto e setembro. No interior do estado a chance aumenta para 50% em setembro. Quanto a anomalia negativa chance de 50 mm de chuva no litoral e 100 mm no interior. Importante lembrar que o inverno é a estação menos chuvosa na região sul, mas geralmente com histórico de chuvas bem distribuídas. A média histórica de chuva para julho é de 111 mm, de 90 mm para agosto e de 142 mm para setembro. Não se descarta a possibilidade de chuvas pontuais intensas no decorrer da estação.

Quanto a temperatura os modelos apresentam maiores discrepâncias. O modelo nacional do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) indica temperaturas na média/abaixo da média para julho e agosto, e na média/acima da média para setembro. O modelo internacional da Universidade da Columbia (EUA) coloca temperaturas na média para julho e setembro, e acima da média para agosto. O modelo americano do NCEP/NOAA (Center for Weather and Climate Prediction – National Weather Service) coloca temperaturas na média histórica, e alguma anomalia leve acima da média histórica. Utilizamos a média das temperaturas máximas e mínimas como melhor padrão para equalizar as temperaturas diárias. Para o mês de julho temperaturas de 21/12°C, 22/13°C para agosto e 23/14°C para setembro. A média histórica de dias com chuva para o trimestre é 11/10/13 dias respectivamente. É provável ondas de frio mais intensas durante o trimestre.

O vento predominante para o trimestre é de sudoeste em julho, e nordeste para agosto e setembro. A média da umidade relativa do ar histórica é de 85% para o trimestre.

Outras características do nosso inverno são os nevoeiros nas madrugas e amanhecer, bem como, mais isoladamente, os nevoeiros marítimos. Temos a maior passagem de sistemas frontais frios. Ocorrência de ciclones mais ou menos intensos, que dependendo da posição, trazem ventos mais intensos sobre o estado. Quando no oceano facilitam a ocorrência da maré meteorológica sobre o litoral e seus efeitos – ressaca e alagamentos dos baixios.

Ótimo inverno à todos nessa estação charmosa.

O inverno de 2021, e o tempo para a semana.

O inverno astronômico começa nessa madrugada de segunda-feira, às 00h32min, com o solstício do inverno e a noite mais longa do ano. Esse inverno estará sob a influência da Neutralidade Climatológica, ou seja, quando não ocorre nem El Niño e La Niña (figura 1).

Figura 1: Modelo de probabilidade de El Niño – IRI ENSO. Fonte: International Research Institute for Climate and Society – Earth Institute – Columbia University – EUA.

Existe consenso nos modelos internacionais e nacionais sobre a normalidade das temperaturas, dentro das médias históricas. As médias das temperaturas mínimas para o trimestre de julho, agosto e setembro são de 12/13/15°C e as máximas de 21/22/23°C respectivamente.

Quanto a chuva a tendência é que fique dentro de normalidade e abaixo da normalidade. O modelo NCEP/NOAA/EUA coloca chuva dentro da normalidade. Já o modelo do IRI/Universidade da Columbia/EUA coloca chuva abaixo da normalidade. Chance de 40% para julho, 50% para agosto e 60% para setembro. As médias históricas para nossa região é de 113/90/142 mm para o trimestre.

Contudo, vale ressaltar que a normalidade climatológica apresenta entre suas características uma variabilidade espacial e temporal. Assim poderemos ter dias sem grandes precipitações e se concentrarem num curto prazo de tempo, como ocorreu nesse mês de junho nos dias 9 e 19, inclusive com alagamentos. Essa condição serve para a precipitação, como temperatura.

Outras características de nosso inverno são as entradas de sistemas frontais, por vezes formando ciclone extratropicais com seus ventos fortes sobre o oceano e litoral. Situação que leva a maré meteorológica com o empilhamento maior das ondas sobre as praias, e assim ressacas e alagamentos dos baixios. Presença maior de nevoeiros, principalmente entre noite e início da manhã.

O tempo para a semana.

A semana terá a presença constante da nebulosidade, com exceção da terça e sexta-feira com maiores períodos de sol. Chance de chuva ocasional nessa segunda, e chuva bem isolada entre terça e quinta-feira. Isso se deve a circulação marítima. Na sexta-feira voltarão as chuvas a partir da noite pela passagem de uma nova frente fria. Sábado e domingo chuvosos. Volume significativo para domingo com até 40 mm por causa de áreas de instabilidade vindas do Paraná. Observe a imagem de satélite dessa noite (figura 2) nebulosidade presente sobre o litoral centro-norte catarinense.

Imagem do satélite GOES 16/NOAA/EUA – Canal True-Color + IR 10,35 µm – dia – 20/06/2021 – Hora local: 21:10 – Sul do Brasil. Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)/Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC)/Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais (DAS) modificado por LabClima/UNIVALI. Clique para ampliar.

As temperaturas continuarão amenas com leve elevação. As mínimas ficarão entre 11/15°C e as máximas entre 20/25°C.

Ventos variáveis. Maior frequência dos quadrantes sudeste e sudoeste. Na maioria dos dias a intensidade será entre calmaria e brisa leve. No domingo aumento da intensidade e rajadas fortes superiores a 40 km/h.

Em nossas praias ondas variando entre sudeste e leste. Ondas de até 1,5 metros nessa segunda e terça-feira. Para quarta e quinta-feira tendência de baixa ficando entre meio a 1 metro. A partir de sexta-feira nova tendência de subida com ondas de até 1,5 metros para o final de semana.

Agitação marinha longe da costa com ondas variando entre 2 e 4 metros para segunda-feira, depois tendência de baixa. A partir de quinta-feira tendência de subida e nova agitação marinha em direção ao fim de semana com ondas entre 2 e 4 metros.

Inverno 2020.

O inverno astronômico começará no próximo sábado às 18 horas e 44 minutos, pois o inverno climatológico começou no início de junho. O solstício de inverno, para nosso hemisfério, terá a noite mais longa do ano. O inverno para a região sul, e nossa região, é caracterizado pelas mais baixas temperaturas e menor precipitação do ano. Esse inverno estará sob a influência da neutralidade climatológica e da La Niña fraca. Condição que se manterá no mínimo até dezembro desse ano (figuras 1 e 2).

Figura 1: Modelo de probabilidade de El Niño – IRI ENSO.  Fonte: International Research Institute for Climate and Society – Earth Institute – Columbia University – EUA.

Figura 2: Previsão para anomalias no El Niño. Fonte: NCEP/NOAA – Center for Weather and Climate Prediction – National Weather Service – EUA.

Os modelos climatológicos nacionais e internacionais não indicam consenso para a precipitação, mas apontam para a mesma direção na temperatura.

Para os modelos nacionais teremos chuva na média e acima da média histórica para o litoral, com anomalias de até 50 mm. Para o interior do estado na média, e abaixo da média para a região oeste. Os modelos internacionais apontam algumas diferenças. Para os meses de julho e setembro chuvas dentro da normalidade. Para o mês de agosto dentro da normalidade e acima da normalidade. Os registros históricos para a região de Itajaí indicam volumes de 113, 89 e 143 mm para o trimestre de julho, agosto e setembro respectivamente. Cabe aqui ponderar que nesses seis meses do ano tivemos 4 meses (janeiro, março, abril e maio) com chuvas abaixo da média histórica nos levando a uma crise hídrica, e dois meses acima da média histórica (fevereiro e junho). Nesse mês de junho as chuvas, até a presente data, atingiram 42% acima da média histórica, com boa distribuição temporal, minimizando a estiagem.

Quanto a temperatura é sempre bom usar a média das mínimas e máximas, pois são mais próximas do que acontece no dia a dia. As médias para os meses de julho são de 12/21°C, agosto de 13/22°C e setembro de 14/23°C. Os modelos, em geral, indicam temperaturas na média ou acima da média histórica. Esse ano as médias das mínimas estiveram abaixo da série histórica todos os meses, com exceção de junho. Já para as máximas fevereiro, março e abril também abaixo, e levemente acima para janeiro, maio e junho. Isso se deve a influência da neutralidade climatológica.

Vale ressaltar o predomínio do vento sudoeste para junho e julho, e de nordeste para agosto e setembro. A umidade relativa do ar continuará acima dos 80% em média.

Como curiosidade de temperaturas extremas (mínimas e máximas absolutas). Frio intenso com 0,2°C em julho de 1982, 0,5°C negativo em agosto de 1991 e 3,4°C em setembro de 1981. Também tivemos calor sufocante com 31,2°C em julho de 2006, 36°C em agosto de 1993 e 37°C em 2006.

Finalizando, temos maior passagens de frentes frias pela região, entradas de massa de ar polar e ondas de frio. Aumento também de ciclones extratropicais que trazem ressaca em nossas praias e de nevoeiros.

Bom inverno a todos. Para alguns estação detestável, para outros, a mais charmosa do ano.

Calor no decorrer da semana.

A circulação marítima atua sobre o litoral até quinta-feira, pois na sexta-feira uma nova frente fria se deslocará em direção ao estado, pelo oceano. Dessa forma teremos muita nebulosidade com chuva fraca nessa terça, quarta e madrugada de quinta-feira. Depois o sol voltará e as temperaturas aumentarão em direção ao fim de semana. O inverno começará no sábado com calor. Observe a imagem de satélite muitas nuvens sobre o litoral catarinense.

Imagem do satélite GOES 16/NOAA/EUA – Canal do Infravermelho + realce – dia -16/06/2020 – Hora local: 06:00 – Sul do Brasil. Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) modificado por LabClima/UNIVALI.

Entre essa terça e quinta-feira teremos muitas nuvens, pequenas aberturas de sol e chuva fraca a qualquer momento. Essa condição permanecerá até a madrugada de quinta-feira. Para sexta-feira, sábado e domingo bons períodos de sol, sem chuva.

Temperaturas mais amenas para terça, quarta e quinta-feira com mínimas entre 16/18°C e máximas entre 21/25°C. Para sexta-feira e fim de semana aumento das temperaturas com máximas entre 26/30°C. Ventos de nordeste para hoje e amanhã, e entre noroeste e nordeste até o final de semana. Rajadas fracas a suaves, menores que 20 km/h, com exceção de amanhã.

Ondas variando entre sudeste e leste conforme a praia. Meio metro para hoje e amanhã com tendência de subida. Séries maiores que 1 metro a partir de sexta-feira.

Chuva mais significativa e frio, somente a partir da quinta-feira da próxima semana. Sobre o inverno trataremos na sexta-feira.

O inverno de 2019.

O inverno astronômico começou hoje às 12 horas e 54 minutos com o solstício do inverno, quando nosso hemisfério está menos inclinado em direção ao sol, e assim recebendo menos energia. O inverno deste ano estará sob a influência do El Niño fraco, beirando a neutralidade climatológica.

Dados do NCEP (Center for Weather and Climate Prediction) indica esse fenômeno de forma fraca, e a partir de julho o início da neutralidade climatológica (figura 1).

Figura 1: Previsão para anomalias no El Niño. Fonte: NCEP/NOAA – Center for Weather and Climate Prediction – National Weather Service – EUA.

Já dados do IRI (International Research Institute for Climate and Society ) indica a continuação desse fenômeno de forma fraca até janeiro de 2019 (figura 2).

Figura 2: Modelo de probabilidade de El Niño – IRI ENSO. Fonte: International Research Institute for Climate and Society – Earth Institute – Columbia University – EUA.

As características mais gerais do El Niño para a região sul é maior precipitação e calor. Na neutralidade temos uma maior variação. Lembrando que o mês de maio tivemos chuvas 60% acima da média histórica para a região, contudo nesse mês de junho, até a presente data, e sem indicativos de volumes mais intensos, terminará com chuvas abaixo da média. Até hoje choveu somente 31% do esperado para o mês. Quanto as temperaturas estão mais altas, entorno de 2,5°C acima da média das mínimas e máximas.

Dito isso os modelos não indicam consenso. Alguns colocam chuva acima da média, principalmente para o Rio Grande do Sul e para o sul de Santa Catarina (setembro).

O que esperar para nosso inverno? Em termos de chuva ficará na média e abaixo da média para os meses de julho e agosto, e na média para o mês de setembro. Quanto as temperaturas ficarão acima da média para o trimestre de julho/agosto/setembro. Contudo o frio mais intenso será por meio de ondas de frio, ou seja, períodos menores de frio após passagem de frentes frias mais fortes.

O comportamento esperado (histórico) da média das temperaturas máximas e mínimas para esse trimestre é de 21,0/22,0/22,4°C e 12,0/13,0/14,4°C respectivamente. Para as chuvas são 120/92/145 mm. Os ventos predominantes são de sudoeste para julho e nordeste para agosto e setembro.

Nessa estação também temos a intensificação de nevoeiros, principalmente os radiativos. Esses se desenvolvem pelo esfriamento intenso do solo que condensa o ar acima, e se dissipam com a chegada do sol.

Nosso inverno de 2018.

O inverno astronômico começará amanhã (21) às 7 horas e 7 minutos e terminará no dia 22 de setembro. O inverno astronômico está ligado ao solstício de inverno, onde teremos a noite mais longa do ano, por receber menor quantidade de radiação. O inverno climatológico começou com o mês de junho.

O nosso outono não foi influenciado nem por La Niña como pelo El Niño, ou seja, estávamos sob neutralidade climatológica. A mesma prevalecerá até o final do inverno, quando a tendência é irmos para as condições de El Niño, mas por enquanto com intensidade fraca. A neutralidade traz uma maior variação para nosso clima. Observe a figura abaixo com o prognóstico do El Niño/La Niña para os próximos meses.

Fonte: International Research Institute for Climate and Society, Earth Institute, Columbia University, USA.

Qual comportamento esperado? Os principais modelos apresentam algumas diferenças. Para a temperatura apontam que a mesma ficará dentro da normalidade ou levemente acima, algo não superior a 1°C. Para a precipitação dentro da normalidade ou levemente acima para agosto e em menor escala para setembro.

Nosso outono já foi com pouco chuva. Somente o mês de março choveu mais que a média histórica. Os meses de abril, maio e até agora junho, com chuvas na metade do que era esperado.

O inverno historicamente é a estação de menor precipitação no sul do Brasil e também em nossa região. A média histórica é de 120 mm para julho, 92 mm para agosto e 145 mm para setembro em Itajaí.

Vamos pensar em temperatura. O comportamento mais próximo do dia a dia é a média das mínimas e máximas. Assim a média das mínimas para o trimestre de julho, agosto e setembro é respectivamente de 12, 13 e 14,4°C. Já as máximas são 21, 22 e 22,4°C.

Um exemplo: a média das mínimas esperadas em junho é de 12,9°C e a máxima de 21,9°C. Hoje tivemos mínima de 15,3 e máxima de 23,4°C, ou seja, foi um dia mais quente que o esperado.

No mês de agosto de 1991 ocorreu a menor mínima em Itajaí com 0,5°C negativo (recorde de frio). A máxima no inverno foi em agosto de 1993 com 36°C (recorde de calor para o inverno).

No inverno temos um maior número de passagens de frentes frias. Temos uma nessa sexta-feira e outra no domingo. A de sexta-feira pouco alterará o tempo bom, mas a de domingo trará chuva. Também aumenta as condições de nevoeiros mais densos, bem como ciclones extratropicais que trazem reflexos em nossa costa.

Finalizando o inverno começara com tempo bom. O sol aparece com alguma variação na nebulosidade e nevoeiros isolados. A chuva chegará no domingo à tarde.

No mais aproveitem essa estação charmosa.

O inverno de 2017.

O inverno astronômico começará no dia 21 desse mês à 1h24min com o solstício de inverno, e nossa noite mais longa do ano. É nessa estação do ano, na zona temperada, onde está o estado, que recebemos menos energia do sol e por isso temos um maior resfriamento climático. Como características gerais o inverno é a estação onde temos a menor precipitação e também as menores temperaturas.

O inverno deste ano estará sob a influência da neutralidade (com viés de alta), portanto não teremos nem La Niña como El Niño (figura abaixo). Essa condição se manterá no mínimo até o mês de janeiro de 2018.

Fonte: International Research Institute for Climate and Society, Earth Institute, Columbia University, USA.

Os prognósticos para precipitação para o inverno, ou seja, o trimestre de julho, agosto e setembro é de chuvas entre a média e acima da média histórica conforme os institutos nacionais, na forma de consenso. Já os modelos internacionais não mantêm consenso. Uma parte coloca que teremos chuva abaixo da média para o mês de julho e na média para agosto e setembro, e outra parte coloca chuva na média e abaixo da média para o trimestre. O boletim climático para o Rio Grande do Sul (DISME/INMET, CPPMet/UFPEL) que também abrange Santa Catarina coloca chuva dentro da média para o mês de julho e acima para o mês de agosto. As médias históricas para Itajaí são de 120 mm para julho, 92 mm para agosto e 145 mm para setembro.

Os prognósticos para temperatura colocam quase por consenso, para os modelos nacionais e internacionais, temperatura na média e acima da média histórica (normal climatológica). Para entender melhor as temperaturas para essa estação utilizamos a média das temperaturas máximas e mínimas. Para o mês de julho são 21/12°C, para agosto 22/13°C e para setembro 22,4/14,4°C. A temperatura mínima absoluta registrada em Itajaí foi em agosto de 1991 com 0,5°C negativo. Assim entendemos que o frio mais intenso estará associado a ondas de frio, ou seja, alguns dias de frio, como foi na semana passada e está previsto para essa semana.

Lembrando que nessa estação se intensificam as frentes frias, bem como a passagem de ciclones extratropicais.

Como será nosso inverno.

Na próxima segunda-feira às 19h34min. começará o inverno astronômico, com seu solstício de inverno, onde a duração da noite será maior que o dia. O inverno climatológico começou em junho.

Este inverno estará sob a influência do fenômeno La Niña, mas com intensidade fraca, e o mesmo permanecerá no mínimo até janeiro de 2017 (figura 1 – barras em azul). Este fenômeno apresenta como características gerais para a região centro sul do Brasil, diminuição das chuvas e das temperaturas.

Fonte: International Research Institute for Climate and Society - Earth Institute - Columbia University – EUA.
Fonte: International Research Institute for Climate and Society – Earth Institute – Columbia University – EUA.

Os modelos climatológicos internacionais e nacionais atuais apresentam algumas diferenças em relação ao que esperar em termos de precipitação e temperatura.

Os modelos nacionais atuais indicam para o trimestre julho, agosto e setembro chuvas na média e acima da média histórica e temperaturas dentro da média histórica. Alguns modelos nacionais específicos colocam chuva acima da média para julho e abaixo para o mês de agosto.

Os modelos internacionais indicam para o mesmo trimestre chuvas dentro da média histórica e temperaturas acima da média histórica.

O inverno para nossa região é a estação de menor precipitação e de menores temperaturas. Para Itajaí os totais de chuva para julho, agosto e setembro é de 118, 94 e 150 mm respectivamente. A média das temperaturas mínimas para estes meses são de 12, 13 e 14°C e das temperaturas máximas são de 21, 22 e 23°C. O vento de sudoeste predomina em julho e o nordeste em agosto e setembro.

O recorde de temperatura mínima absoluta para esta estação foi em agosto de 1991 com 0,5°C negativo. Já de temperatura máxima absoluta foi em agosto de 1993 com 36°C.

No inverno temos a intensificação dos sistemas frontais e também maior número de ciclone extratropicais.

Inverno sob influência do El Niño.

Hoje às 13h38min começará o inverno astronômico, ou seja, a passagem do equinócio de inverno no hemisfério sul com a noite mais longa do ano e as próximas também. O inverno climatológico já começou nesse mês de junho.

Esse inverno estará sob influência do El Niño que começou a se fortalecer no mês de Abril e continuará se fortalecendo até Dezembro, início do verão, conforme observamos na figura abaixo, com intensidade entre fraca a moderada.

Anomalias das Temperaturas da Superfície do Mar - Niño 3.4. Fonte: NWS/NCEP/CPC/NOAA/EUA.
Anomalias positivas das Temperaturas da Superfície do Mar – Niño 3.4. Fonte: NWS/NCEP/CPC/NOAA/EUA.

O El Niño de forma geral traz para o centro sul do país estações mais chuvosas e quentes.

Os principais modelos brasileiros do CPTEC/INPE e INMET/MAPA indicam para o trimestre de Julho/Agosto/Setembro chuva na média e acima da média histórica da região. Em relação as temperaturas ficarão acima da média histórica o que já vem ocorrendo nos últimos meses.

Para os modelos internacionais, principalmente o NCEP da NOAA (EUA) e o IRI da Universidade de Columbia (EUA) indicam também temperaturas acima da média histórica e chuva na média e acima de média histórica. O modelo da Universidade de Columbia coloca especialmente que a chuva ficará acima, mais próxima da média nos meses de Julho e Agosto, e a partir de Setembro 75% de chance de chuva acima da média histórica.

Para nossa região deveremos ter chuvas na média e acima da média histórica. Em Itajaí já vem chovendo acima da média histórica, mas de forma distribuída. No mês de Maio choveu 100% acima da média e nesse mês de Junho ultrapassamos em 7% acima da média com as chuvas do último dia 18. A média de chuvas para Itajaí é de 120 mm para Julho, 91 mm para Agosto e 142 mm para Setembro.

Quanto a temperatura deverá ser um inverno mais quente, mas com ondas de frio, ou seja, curtos períodos de frio mais intenso, como ocorreu nesse mês de Junho. No dia 16 tivemos a menor temperatura do ano com 5,5°C e depois no dia 19 com 7,6°C. A média das temperaturas mínimas para Itajaí no trimestre Julho/Agosto/Setembro é de 12, 13 e 14°C respectivamente. A média das temperaturas máximas para esse mesmo período é de 21, 22 e 23°C. A menor temperatura registrada em Itajaí foi em Agosto de 1991 com 0,5°C negativos e a maior temperatura registrada para o inverno foi em Agosto de 1993 com 36°C.

Finalizando como temos perspectivas de chuva acima da média histórica para os próximos meses é que os moradores de nossa região fiquem atentos aos avisos dos institutos meteorológicos, bem como das Defesas Civis Municipais.